«É o primeiro programa na história da televisão a tratar a criação musical desta forma abrangente, descentralizada, permitindo aos novos talentos divulgarem a sua música, a partir dos seus próprios locais de criação e ensaio. O impacto vai ser profundo!», defende José Luís Rei, autor da ideia e director da BUS, produtora do KM0.
Com três letrinhas apenas se escreve a sigla de Quilómetro Zero, uma série documental sobre bandas portuguesas ainda distantes das luzes da ribalta, sob apresentação do músico J.P Simões, o mesmo dos projectos Belle Chase Hotel e Quinteto Tati.
A estreia do formato composto por 14 programas de 25 minutos de duração cada está prometida para o final de tarde - quando forem 19h30 - no dia 26 de Julho (sábado), na RTP2. A partir daí, KMO vai investigar garagens de ensaio improvisadas, estúdios de insonorização duvidosa, armazéns e apartamentos pessoais.
Em cada paragem visitada montará um estúdio de som profissional e gravará ao vivo um tema integral. Serão 39 os colectivos sonoros em destaque, embaixadores das mais distintas estéticas musicais, do rock ao pop, sem esquecer o metal, o jazz, o blues, o hip hop, a electrónica, a música experimental e a popular. Os números deste projecto são de cortar a respiração: 159 músicos, 23 cidades (com partida em Coimbra), 12 mil km de estrada e 130 horas de filmagens.
As bandas foram seleccionadas por J.P. Simões, José Luís Rei e Micael Espinha (realizador), essencialmente a partir da plataforma do Myspace, que em Janeiro de 2008 contava com 12 mil entradas de projectos lusos.
«Procurámos sempre bandas que não tivessem grande apoio promocional ou visibilidade comercial. O critério do "melhor possível" passou sempre pelo crivo de um conjunto de pessoas com gostos e expectativas diferentes, que compuseram o conselho editorial do programa. Nas escolhas, houve pouco de teste americano e muito de luta greco-romana», explica J.P. Simões.
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