sábado, 17 de maio de 2008

Guilherme Leite e Luís Aleluia estão muito "Saídos da Caixa"

Durante mais de quatro anos estiveram juntos a animar as manhãs da RTP1, no programa "Praça da Alegria", tendo saído em Setembro. Finda a experiência, a dupla Guilherme Leite e Luís Aleluia aproveitou o balanço e sugeriu à direcção de Programas da estação pública, então encabeçada por Nuno Santos, agora na SIC, um formato de comédia que chamar-se-ia "Humor à Pátria", que, garantem, até já tinha patrocínio para 26 episódios. Já com José Fragoso como novo programador da RTP1, a resposta tarda "Não rejeitaram, mas também não parecem interessados", revelou Guilherme Leite.Desiludidos, os humoristas seguiram a sua veia natural e decidiram brincar com a situação. Escreveram uma peça de teatro, "Saídos da Caixa", que parodia os programadores de televisão, em especial os da estação pública, que trazem o conceito de serviço público anexado à responsabilidade de definir conteúdos televisivos. A peça estreia amanhã em Ponte de Lima."O teatro é uma forma de intervenção social, pelo que decidimos escrever esta peça a brincar como os bastidores da televisão", explicou Luís Aleluia ao JN. O criador do "Tonecas", que também passou pela RTP, garantiu que a intenção deste projecto, que vai percorrer o país, "não é dizer ao actual director de Programas da RTP que estamos chateados com ele". O que se pretende, acrescentou, "é mostrar ao público como se estrutura um programa, sendo uma forma interessante de mostrar os bastidores das decisões que se tomam em televisão". Leite e Aleluia defendem um serviço público de televisão "que seja 'espelho' e 'memória' do país". Em "Saídos da caixa" acompanha-se a escrita e formatação de um programa de televisão. A acção desenrola-se no escritório dos guionistas, sendo que na peça os dois actores interpretam cerca de 14 personagens. Entre as várias situações, com avanços e recuos no formato final do programa, este acaba por ser rejeitado "por quem manda no serviço público da televisão portuguesa" sob o argumento de que é demasiado português.
Fonte: Jornal Noticias

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